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Brasileiros estão ganhando dinheiro com jogos

As possibilidades de ganhos financeiros no mundo virtual são muitas. Desde que o mercado de criptomoedas virou objeto de desejo de entusiastas de todos os recortes sociais ao redor do mundo, não pararam de surgir novas maneiras de multiplicar o dinheiro virtualmente. A mais nova delas são os jogos NFT, que geram dinheiro a partir de itens exclusivos comprados pelos jogadores e que só existem naquela realidade virtual, que possui economia e regras próprias. E tudo é baseado em especulação, que mira a possibilidade de um jogo ser um grande sucesso e ter alta demanda por itens, moedas, personagens e até imóveis virtuais.

Em setembro de 2021, Marcio Carvalho se interessou pelo tema quando soube que o marido da prima dele havia largado a vida de motorista de aplicativos para se dedicar exclusivamente aos jogos.

Desde então, ele se aprofundou nos estudos sobre o tema e se tornou, ele mesmo, um jogador remunerado. Só no jogo Axie Infinity, o principal do estilo NFT em escala global, ele realizou um investimento inicial de R$5 mil.

Ele conta que há quem se assuste com o valor. “Mas comparo os jogos NFT com um negócio próprio, no qual você tem que investir em uma certa infraestrutura, certos equipamentos, para gerar um ativo que vai te gerar uma renda no futuro”, afirma ele. A sigla NFT significa tokens não fungíveis, em inglês, e descreve itens virtuais que não podem ser copiados ou falsificados. Esses itens que são comprados antes de alguém ingressar no jogo geram mais itens, que dependendo do apetite ou do desinteresse dos jogadores podem valer mais ou menos dinheiro, como dita a boa e velha lei da demanda e oferta

Retorno financeiro

Carvalho projetou recuperar o investimento inicial em dois meses e entre perdas e ganhos, ele lembra que nada é garantido no mundo dos jogos NFT e que o jogo do momento pode se tornar rapidamente um jogo do qual todo mundo quer se livrar, o que faz os preços dos itens e tokens despencarem. Ele avalia também que assim como meros mortais jogam os jogos, as grandes corporações e plataformas de investimento também buscam lucrar com eles, com informações privilegiadas e analistas dedicados a multiplicarem dinheiro.

“Ninguém está no jogo para brincar, porque gosta de jogar. Todos estão lá para fazer dinheiro. É uma agressividade muito grande e quando as coisas começam a dar errado, o jogo dá sinal de fraqueza, as pessoas vão lá e vendem os tokens, a moeda cai, vira um espiral para baixo, perdem a confiança e o jogo pode não se recuperar de uma venda massiva. O que faz um jogo crescer é o conjunto de interesse da comunidade. Se o projeto não entregar o que pretende, [os jogadores] vendem tudo.  A galera se desespera se sai uma notícia que os desenvolvedores vão lançar algo e não lança. Ou então se lança e dá bug”, relata ele, que tem 29 anos.

Metaverso

Tanto dinheiro e tanta gente envolvida fizeram crescer os debates sobre o chamado metaverso, uma realidade virtual onde humanos viveriam a vida com avatares em telas de computador, ganhando dinheiro lá para comprar casas e roupas lá enquanto estão sentados em uma cadeira gamer com um fone de ouvido e sem ver a luz do sol por dias. Apesar da distopia causar certo receio em alguns fatalistas, Marvin acha que não é para tanto. Segundo ele, tudo ainda é muito embrionário e a integração entre o nosso universo e o metaverso deve demorar um pouco ainda para amadurecer de forma segura.

Investimento

Os jogos representam uma nova oportunidade de investimento, especialmente porque eles ainda não se popularizaram. Os ganhos mensais podem chegar a R$ 15 mil. Para esses ganhos, na época foi necessário investir quase 10 mil reais.

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