A conversa aconteceu em Austin – Texas durante o evento DCentral, um dos principais eventos de NFTs. Um bate papo descontraído com Victor Caribe e Mathias Studart, dois dos integrantes da DAO (Organização Autônoma Descentralizada) Play4Change.
Depois de 6 anos trabalhando e estudando novas tecnologias, Victor saiu da famosa empresa de consultoria e auditoria Pwc, acreditando que as criptomoedas iriam democratizar o acesso financeiro a milhões de pessoas.
O grande problema era que as principais pessoas que deveriam ter esse acesso, ainda estavam excluídas pelo sistema tradicional financeiro.
Quando Victor assistiu o documentário do game Axie Infinity e a mudança de realidade que estava trazendo às pessoas nas Filipinas, teve um click imediato para usar os games Play to Earn (ou Jogar para Ganhar) onde deveria – às favelas e lugares com problemas sociais no Brasil.
O projeto tem apenas 11 meses de vida e já conta com parceria e apoio de ONGs e líderes das comunidades, atendendo as favelas da Rocinha e o Complexo Chapadão.
O primeiro desafio foi educar as pessoas pelo fato de cripto ser mal visto, ser considerado pirâmide.
O primeiro passo então foi comprar os NFTs para o game – 3 axies (bichinhos virtuais) formam um time para poder iniciar. Cada time foi emprestado para os jogadores como forma de Scholarships ou Bolsas, e a divisão dos ganhos fica entre Jogador, com a maior parte, a ONG e 10% volta para a Play4Change para poder aplicar em novos times e jogos.
Um caso bastante emblemático foi quando realizaram as sessões com mulheres de 30 a 60 anos, que vendiam água nos sinais e às vezes levavam as crianças pois não tinham onde deixá-las.
Em 2 horas por dia jogando conseguiam gerar o mesmo valor que o dia todo trabalhando na rua, sobrando mais tempo para cuidar dos filhos e fazer outras coisas que queriam.
E a contrapartida dos jogadores e líderes das ONGs é uma só – Participar das aulas de educação que abordam temas como Web 3.0, NFTs, Liberdade Financeira, entre outros.
“Eles vão aprender todo o processo e entender como funciona o mercado”, comenta Victor.
O objetivo do projeto é criar mais alternativas para que pessoas tenham renda e educação através dos games.
Outro grande desafio é encontrar jogos que sejam jogados pelo celular, para alcançar o máximo número de pessoas possível, visto que a maioria não tem acesso a computadores.
Victor comentou algo que marca pelo impacto – Agora é possível dar uma oportunidade àquelas pessoas que só viam o tráfico de drogas como solução. O tráfico oferece status, dinheiro e facilidades. Agora existem oportunidades que combatem isso.
Além das ONGs, a Play4Change também está com parceria com o Mercado Bitcoin e a Blockchain Academy.
Em uma sessão educacional realizada para ensinar sobre metaverso e criptomoedas, cada criança criou um desenho de como o metaverso vai impactar a vida deles. Cada desenho vai virar um NFT para ser vendido no marketplace do Mercado Bitcoin e a renda vai voltar para os pais dessas crianças.
“O próximo desafio é a escalabilidade para replicar esse modelo em todo o Brasil”, comenta Victor.
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Para quem desja conhecer mais sobre a Play4change, deixamos abaixo os links:
Website: https://www.play4change.io/
Instagram: https://www.instagram.com/play4change.dao/
Twitter: https://twitter.com/play4changedao